Co - Herdeiros de Cristo

E, se nós somos filhos, somos logo herdeiros também, herdeiros de Deus, e co-herdeiros de Cristo: se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados. Romanos 8:17

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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Igreja Simples em Crato - CE

Uma comunidade evangélica no nordeste brasileiro chama a atenção da mídia por sua simplicidade e por seu enfoque missional. A igreja sem nome e sem sede promove os seus cultos nas casas de seus membros, debaixo de viadutos, árvores ou na rua. A comunidade religiosa afastou de sua caminhada tudo aquilo que, na opinião de seus integrantes, atrapalha o foco central de sua fé, que é a figura única de Cristo.




Atualmente, apesar de todo o avanço científico, o fenômeno religioso sobrevive e cresce, desafiando previsões que anteviram seu fim. A maioria da humanidade professa alguma crença religiosa direta ou indiretamente. A religião continua atraindo milhares de fiéis e enriquecendo alguns pregadores. Em alguns casos, o fanatismo religioso confirma o pensamento do filósofo alemão Karl Marx que definiu a religião como “o ópio do povo”.



No Cariri, marcado pelo misticismo e pela devoção ao Padre Cícero, cresce o pluralismo religioso das mais diversas formas. O pastor da Igreja Batista, Samuel Lobo, diz que são incontáveis os cultos religiosos que chegam a Juazeiro. O “loteamento” de um espaço no céu está levando muitos cristãos a procurarem práticas religiosas diferentes das igrejas convencionais. Paralelamente, cresce também o número daqueles que, embora se professem cristãos, não frequentam nenhuma denominação religiosa.



Caminhada pessoal

“São pessoas convertidas, mas que, decepcionadas com os rumos da pregação e da instituição, optaram por uma caminhada pessoal, vivida na intimidade, ou então pela formação de pequenos grupos nos lares, reeditando o cristianismo do primeiro século”, analisa o advogado Emerson Monteiro, lembrando que existe uma tendência, principalmente entre jovens, de procurar novos caminhos.



No Crato, está nascendo uma religião sem nome, sem igreja, sem padres e pastores e que tem como único líder Jesus Cristo. “É a restauração do antigo cristianismo, quando os seguidores de Jesus pregavam de casa em casa e exerciam a verdadeira partilha, a solidariedade, principalmente, para com os mais pobres, abandonados, que nunca, por exemplo, comemoraram o seu próprio aniversário”, define o radialista José Jesus de Almeida Júnior, integrante da nova comunidade evangélica.



É o caso da mendiga Francisca Ribeiro da Silva, que vive debaixo de uma algaroba, ao lado da via férrea, que liga Crato à Juazeiro. Ali, ao relento, ela faz a própria comida e dorme em cima de um colchão velho. Não sabe de onde veio, para aonde vai e não se lembra da idade. “Os crentes comemoraram o meu aniversário, foi uma festa bonita”, diz ela, referindo-se a iniciativa dos integrantes da igreja sem nome.



Na contramão da maioria das religiões, a nova tendência evangélica não cobra dízimo de seus integrantes. Ao contrário, eles tiram dinheiro do seu próprio bolso para ajudar pessoas pobres e abandonadas. Mendigos, alcoólatras, desempregados, ou pessoas com deficiência mental são retirados das ruas e reintegradas à sociedade com ações sociais que vão desde a entrega de cestas básicas até a realização de festas de aniversario.




Caminho, verdade e vida

“Somos seguidores do Caminho, que é Jesus. Estamos a caminho do céu. Este céu que já começa aqui e se planifica na eternidade, pois Jesus trouxe os valores do Reino de Deus, com a sua entrada na história, no tempo, no espaço, em vista da plenitude dos tempos”, explica Almeida Júnior.



Criado numa família de católicos praticantes, ex-funcionário de uma emissora católica, Almeida Júnior frequentou uma igreja evangélica durante 10 anos. Descobriu nos textos bíblicos que o único caminho é Jesus. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. Este ensinamento do apóstolo João levou Almeida a fazer uma reflexão sobre o seu itinerário religioso.



A partir daí, ele passou a questionar os conceitos doutrinários das religiões. Terminou se isolando em seu mundo particular procurando uma resposta para suas dúvidas. Encontrou na internet a indicação do livro “A Igreja de Casa em Casa”. Foi a senha para o reencontro consigo mesmo. O livro trata de um movimento religioso internacional, com ramificações em alguns estados do Brasil.



No contato virtual com outros irmãos de fé, o radialista descobriu que não estava só na sua maneira de pensar. De acordo com a nova vertente evangélica, Jesus é apresentado como um exemplo individual cujo modelo de vida é o caminho. “Seus ensinamentos, sermões e instruções são os meios que podem nos conduzir ao conhecimento da verdade eterna, diferente das verdades transitórias ou passageiras. E, por último, entende que Jesus é o representante da vida perpétua”.



Almeida sonha com um cristianismo que acolha o viciado, o mendigo, a prostituta e todos os pobres e doentes da terra, como Jesus fazia. Com esta concepção, a comunidade religiosa afastou de sua caminhada tudo aquilo que, na opinião de seus integrantes, atrapalha o foco central de sua fé, que é figura única de Cristo, a começar do dízimo, uma contribuição, paga voluntariamente, ou como imposto, normalmente para ajudar organizações religiosas e, muitas vezes, utilizada como moeda de compra e venda do reino do céu.



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Por enquanto, apenas três famílias, na cidade do Crato, estão participando da nova religião. O grupo não está preocupado com o crescimento. Só permanecem na comunidade aqueles que têm o espírito de solidariedade, o sentimento cristão de partilha, diz o irmão Francisco de Assistis, integrante dos “Sem Igreja”. Há poucas indicações na Internet sobre esta nova vertente evangélica. No entanto, de acordo com o último censo, os sem-igreja aparecem nas pesquisas. O fato de não ter nome, igreja e hierarquia torna-se difícil a sua identificação. Porém, há registros de grupos de cristãos independentes em vários Estados do Brasil e, também, no exterior.



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Para adeptos, igreja é povo de Deus

A igreja sem nome e sem sede promove os seus cultos nas casas de cada dos seus membros, viadutos, árvores ou rua.



O radialista José Jesus de Almeida Júnior, integrante da nova comunidade evangélica, lembra que, em Roma, os primeiros cristãos encontravam-se em subterrâneos, chamados catacumbas, onde partiam o pão durante os encontros, perpetuando o gesto de Jesus na noite em que foi preso. Esses primeiros cristãos deram prova de muita confiança e coragem. “Este é o caminho que nós tentamos seguir, adaptando, naturalmente, os costumes da época ao tempo de hoje e partindo do princípio bíblico de que a igreja somos nós, o povo de Deus”.



A igreja sem nome e sem sede promove os seus cultos nas casas de cada um dos seus membros, debaixo de viadutos, árvores, ou no meio da rua. Eles partem do pressuposto de que “Deus não estabeleceu a construção de igrejas”. O culto começa com uma pequena palavra de abertura, segue-se um momento de oração e, logo após, um período de cânticos de louvor. Após o término deste período, é iniciada a pregação fundamenta em textos bíblicos. O término do culto se dá com avisos, pedidos de oração e confraternização entre as famílias presentes.



Tudo idêntico a uma igreja evangélica qualquer, se não fosse o fato de ela não ter nome, estatuto, livro ata, não possuir CNPJ ou ser oficializada. O que diferencia é que cada culto é diferente um do outro. Os “sem igreja” não obedecem a nenhum ritual pré-estabelecido. Cada um dos seus integrantes, tratados como irmãos, pode fazer a sua pregação. Não existe hierarquia.



A mulher de Almeida, Mara Aparecida, que também já pertenceu a uma igreja evangélica, diz que agora encontrou a sua verdadeira religião. “Somos ´caminheiros´ e no ´Caminho´ que seguimos temos quedas, encontramos atalhos, passamos por obstáculos, andamos em passos mais largos ou mais lentamente. O importante é ter os olhos fixos na nossa meta que é o céu, andando pela via da nossa salvação, ou seja, olhando fixamente para Jesus, o Caminho, a Verdade e a Vida, pois ele já fixou o olhar sobre nós por primeiro e nos amou com um amor sem limites”, cometa.



Aparecida acrescenta que nas grandes igrejas as pessoas não se conhecem. “Aqui a gente divide as alegrias e tristezas da vida. O Cristo é revelado na pessoa de cada irmão sofredor, oprimido abandonado”. É com este espírito que os “sem igreja” promovem festas de aniversário, distribuem alimentos e facilitam empregos para pessoas anônimas que vivem à margem da sociedade e da família.


Fonte: Diário do Nordeste.




Igreja simples realiza missão de Natal no CE



No Município do Crato, Estado do Ceará, uma comunidade cristã sem nome e sem templos distribuiu, de graça, CDs com o Novo e Velho Testamentos. A reportagem é de Antônio Vicelmo:



O mês de dezembro traz consigo uma áurea de misticismo em torno de Jesus Cristo, o grande aniversariante do mês. A religião continua atraindo milhares de fiéis e, ao mesmo tempo, algumas pessoas se decepcionam com seus pastores ou padres. É o caso da religião sem nome, sem igreja, sem padres e pastores e que tem como único líder Jesus Cristo, que foi criada no Crato, no ano passado. Este ano, a comunidade religiosa sem nome celebrou o Natal distribuindo CDs com o Novo e o Velho Testamentos. Os 48 CDs com o texto bíblico foram gravados por José Jesus de Almeida, integrante da nova comunidade evangélica, durante mais de 1 mil horas de trabalho. Ele passou um ano acordando às 3 horas da madrugada para fazer a gravação. Durante a semana passada, os CDs foram distribuídos na feira livre do Crato.



Alguns feirantes estranharam o presente, dizendo que “hoje em dia ninguém dá ou oferece nada de graça”. O vendedor de feijão, José Batista do Nascimento, aceitou o presente, quando Almeida garantiu que o CD era grátis.



Dificuldade

O mais complicado, segundo afirma, foi conseguir uma Bíblia com os direitos autorais liberados. As igrejas Católica e Evangélicas, segundo Almeida, não permitiram a gravação dos textos bíblicos, sob alegação de que de que existiam contratos com outras gravadoras. Mesmo assim, o radialista não desistiu. Conseguiu uma Bíblia traduzida para o português pelo padre João Ferreira de Almeida, em 1819. A partir de então, se enfurnou dentro de um estúdio para iniciar a gravação.



O objetivo do trabalho evangélico não é conseguir adeptos, reunir pessoas dentro de um templo. A finalidade, de acordo com Almeida, é doutrinar, convencer as pessoas de que cada um pode demonstrar o seu amor a Cristo sem intermediários, sem um local estabelecido para suas orações e reflexões.



Almeida lembra o livro “A Igreja de Casa em Casa”, escrito pelo autor evangélico Luciano Silva. A publicação destaca que, durante seus primeiros 300 anos de existência, a igreja utilizou as casas dos discípulos para se reunir como a família de Deus. Durante seu ministério, Jesus também usou casas como base de trabalho, visitando aqueles que ele queria ensinar e repassar seu exemplo de vida.



Missão

“Para sermos verdadeiramente ´igreja´, o povo de Jesus, não é necessário nos preocuparmos em construir prédios próprios, impondo uma carga financeira pesada sobre os seguidores de Cristo. A missão pode ser cumprida onde as pessoas estão: em suas casas”, orienta ele.



“De Casa em Casa” foi escrito para instigar o leitor a participar ativamente do reino de Deus e promover o crescimento da igreja, encorajando-o a fazer discípulos de Jesus e a plantar a semente do Evangelho em locais que ainda não foram alcançados pela mensagem salvadora da cruz.



Luciano Silva esclarece que a crítica não é ao clero enquanto instituição. “As pessoas que têm cargos de ministros e pastores são, em sua maioria, pessoas admiráveis. Amam a Deus e se comprazem em servir ao Senhor e seu povo. Geralmente são sinceros, amorosos, inteligentes, altruístas, e longânimes”, esclarece o autor.



“Do mesmo modo que os advogados protegem e interpretam a lei, e os médicos protegem e administram remédio, o clérigo protege, interpreta e administra a palavra de Deus”, compara o autor, destacando que como outra profissão qualquer, o clero estabelece padrões de conduta acerca de como seus membros devem se vestir, falar e agir, no serviço ou ainda fora do serviço.



A igreja criada na cidade do Crato, de acordo com o radialista, “é a restauração do antigo cristianismo, quando os seguidores de Jesus pregavam de casa em casa e exerciam a verdadeira partilha, a solidariedade, principalmente, para com os mais pobres, abandonados, que nunca, por exemplo, comemoraram o seu próprio aniversário”.



Dízimo

Os integrantes da igreja sem nome não cobram dízimos. Ao contrário, tiram dinheiro do seu próprio bolso para ajudar pessoas pobres e abandonadas. Mendigos, alcoólatras, desempregados, ou pessoas com deficiência mental são retirados das ruas e reintegradas à sociedade com ações sociais que vão desde a entrega de cestas básicas até a realização de festas de aniversário. “A Igreja somos”, define o evangélico José Paulino, conhecido por Jucier, esclarecendo que a prática religiosa deve ser feita em qualquer lugar: no trabalho, num hotel, numa praça, num sítio, numa praia, numa casa etc. O próprio Jesus disse: “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles”, lembra o outro integrante da Igreja.



Fonte: Diário do Nordeste.



Colaborou com o artigo Eugênio Morais de Fortaleza – CE.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

As Três Tentações



Por Richard Foster:


É impossível compreender a santidade e a virtude inerentes a Jesus sem que examinemos cuidadosamente seus quarenta dias de tentação no deserto. Somente neste único episódio podemos ver a manifestação de toda uma vida que consistia na prática da virtude.


Durante estes quarenta dias, Jesus se absteve de comida para que pudesse desfrutar ainda mais do banquete divino. Então, quando já estava pleno de recursos espirituais, Deus permitiu que o Maligno viesse até ele com três grandes tentações – tentações estas que Jesus certamente já havia enfrentado mais de uma vez em sua carpinteria, e que iria ter que enfrentar novamente ao longo de seu ministério como mestre. Entretanto, estas não foram somente tentações individuais; eram tentações que dariam a Jesus acesso às três instituições sociais mais proeminentes de seus dias – a econômica, a religiosa e a política.
A tentação econômica consistia em fazer com que Jesus transformasse pedras em pães (Mateus 4:1-4). O objetivo ia além de saciar sua fome; a tentação era fazer com que Jesus se tornasse uma espécie de padeiro glorioso que proveria “pão milagroso” para as massas. Mas Jesus sabia da inutilidade destas coisas e rejeitou a idéia de viver somente de pão. “Não só de pão viverá o homem mas de toda palavra que vem da boca de Deus” (Mat. 4:4).

A tentação religiosa consistia em fazer com que Jesus pulasse do pináculo do templo e, ao ser carregado por anjos em queda livre, receber o selo de aprovação de Deus em seu ministério. Uma espécie de aprovação divina dentro dos limites sagrados do templo certamente lhe garantiriam o caloroso apoio da hierarquia sacerdotal. Mas Jesus discerniu a tentação e confrontou de forma direta a religião institucionalizada – não somente no deserto como ao longo de seu ministério, sempre que ela se tornou idólatra ou opressiva a seus seguidores. Ele estava consciente de que “aqui está quem é maior que o templo” (Mat. 12:6).

A tentação política era a promessa de obter “todos os reinos do mundo e seu esplendor” em troca da alma de Jesus (Mat. 4:8-10). Esta tentação representava a possibilidade de um poder político a nível mundial – não apenas por meio da força, mas também por meio da glória e do prestígio de se sentar no pináculo mais alto em influencia e estatus do mundo.

Esta tentação se encaixava perfeitamente nas esperanças messiânicas daqueles dias, por um Salvador que derrubaria a opressiva ocupação dos romanos. Mas Jesus sabia que subjugar e oprimir não eram a maneira de Deus. Ele rejeitou as estruturas de poder de seus dias porque planejava demonstrar um novo tipo de poder, uma nova maneira de liderar. Servir, sofrer, morrer – estas eram as formas messiânicas de poder das quais Jesus se utilizava.

Naqueles quarenta dias no deserto, Jesus rechaçou a esperança popular judaica por um Messias que se dedicaria a alimentar os pobres,1 que usaria seus milagres para ganhar aceitação e que destronaria regimes opressores. Ele rejeitou as três instituições sociais de seus dias (e dos nossos também) – a exploração econômica, a manipulação religiosa e a opressão política.

Fonte: Streams of Living Water, pp. 8-9.
Tradução: Pão & Vinho.



É curioso observar como, ao longo da História, a Igreja sempre subumbe a pelo menos uma destas potestades de tempos em tempos.

A potestade econômica faz com que a Igreja viva unicamente em função de atender as necessidades do homem. Seu evangelho é antropocêntrico e minimalista, voltado unicamente para o bem estar do ser humano. Esta potestade se manifesta tanto por meio da Teologia da Prosperidade quanto pelo chamado “evangelho social”, com a diferença de que a primeira vertente transforma a Igreja em um balcão de negócios e a segunda em uma militância social. Arrependimento, conversão, novo nascimento e inferno são temas raramente falados.

A potestade religiosa é o espírito da política eclesiástica. Líderes influenciados por este espírito deixam de lavar os pés dos santos para lamber botas de clérigos, em busca de aceitação, prestígio e reconhecimento. Pastores que se desviam de seu chamado inicial de servir os pequeninos para tornarem-se bajuladores de homens que possam impulsionar sua carreira dentro de uma determinada instituição religiosa, tornam-se narcicistas eclesiásticos e amantes da fama. Geralmente, tais líderes usam todos os recursos que lhe são disponíveis – carisma, influência e até pessoas – de forma inescrupulosa na promoção de seus interesses.

A potestade política faz com que a Igreja troque o pano de saco pelo colarinho branco, prostituindo-se com os poderes deste mundo em troca de favores. Ao invés de influenciar a sociedade de baixo para cima com demonstrações de amor, serviço e santidade, a Igreja se vende a um partido ou ideologia política na tentativa de influenciar a sociedade de cima para baixo, por meio de poder e influência política.


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Como usurfruir da herança ?

"Digo, pois, que todo o tempo que o herdeiro é menino em nada difere do servo, ainda que seja senhor de tudo;
Mas está debaixo de tutores e curadores até ao tempo determinado pelo pai."
gálatas 4: 1-2



 Imagine se hoje eu decidisse repartir meus bens entre meus filhos. O que será que o meu filho mais velho, João Vitor, faria com todo o 'dinheiro' que eu colocasse em suas mãozinhas (supostamente falando..rsrs..)?  Ele tem somente oito anos – não tem nenhuma maturidade para administrar a “herança” de seu pai.  Entenda que o Pai Eterno tem uma herança para lhe confiar, mas que sua menor idade pode torna-lo impedido de usufruir dela.  Afinal, como observou o apóstolo Paulo, enquanto o herdeiro é menino, em nada difere do escravo.

a) Meninos são levados por circunstâncias. Meninos são volúveis, movidos por circunstâncias.  Como escreveu o apóstolo Paulo, eles vão ao sabor das ondas, de acordo com o soprar do vento, são influenciáveis e facilmente levados ao erro. O propósito é que não sejamos mais como crianças, levados de um lado para o outro pelas ondas, nem jogados para cá e para lá por todo vento de doutrina e pela astúcia e esperteza de homens que induzem ao erro (Ef 4.14).  Existe até a expressão “mais fácil do que tirar doce de criança” – se nós precisamos de 'tutores', ainda, seremos facilmente levado a mudar de postura e acabar “entregando o doce” para o bandido.

b) A pessoa que não tem a alma livre é “menino”.  A expressão “alma livre” tem sido bem utilizada no contexto da Igreja.  Significa uma alma que se abriu ao tratamento e que tem os sentimentos resolvidos.  Uma alma liberta de todos os traumas.  A pessoa que ainda  não se abriu sinceramente ao Médico de Gileade permanece com sua alma aprisionada pelos sentimentos ( vontade, medo, desconfiança etc.).

c) A imaturidade expressa inveja, cobiça e contendas.  Quais são as prioridades de um menino de cinco anos?  Ele brinca, brinca, brinca, come (só o que gosta) e brinca. Por vezes os pais precisam ser enérgicos para leva-lo a interromper suas predileções infantis. Pois o imaturo tem dificuldade de absorver as questões espirituais. Ele é preso à carnalidade.  Isto é muito claro nas palavras do apóstolo Paulo: Irmãos, não lhes pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a crianças em Cristo. Dei-lhes leite, e não alimento sólido, pois vocês não estavam em condições de recebe-lo, porque ainda são carnais.  Porque, visto que há inveja e divisão entre vocês, não estão sendo carnais e agindo como mundanos? (I Co 3.1-3).

d) Você precisa romper com a meninice!  Deus sabe que os “meninos” desperdiçariam sua herança. A meninice pode retardar a obra de Cristo na Cruz.  É mais do que tempo de deixar as coisas de menino: Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino. (I Co 13.11).  Eis o apelo que o apóstolo Paulo fez aos coríntios: Irmãos, deixem de pensar como crianças. Com respeito ao mal, sejam crianças, mas quanto ao modo de pensar, sejam adultos.
O imaturo não rompe com a carne e passa a vida no espírito. Ele tende a se perder, a desperdiçar o que lhe é confiado. A herança que o Senhor tem reservado para nós depende da disposição em romper com a meninice. Busque no Senhor uma alma livre.  Sua alma não pode continuar refém de sentimentos não resolvidos. Não aceite que sua mente fique presa ao modo de pensar de crianças – nós somos chamados para viver livres! Quando eu vejo a obra realizada no Egito entendo essa liberdade, Deus trais as nossas vidas, toda vida Dele ou seja não poderemos absorver facilmente sua vontade em nós. Ficaremos contidos em um tipo de cercadinho do tipo que se coloca bebês para conte-los. Irmãos! Temos todo um campo aberto para percorrer! Afinal Deus nos chamou para liberdade e em quanto estivermos servindo a Ele na condição de herdeiros que não pode assumir a herança, continuaremos com obras de palha, feno e madeira que para nada servem senão, ser queimadas pelo fogo. Pensemos nisso amados.




Escrito por : Alexandre Santana da Costa

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Vontade de Deus X Vontade dos homens





A soberania de Deus é a doutrina que afirma que Deus é supremo, tanto em governo quanto em autoridade sobre todas as coisas. Nos círculos dos "ensinos da fé", ela não é levada muito a sério. Verbos como exigir, decretar, determinar, reivindicar freqüentemente substituem os verbos pedir, rogar, suplicar etc.

Ao comentar João 14:13, 14, que diz: "E tudo quanto pedirdes em meu nome, isso farei, a fim de que o Pai seja glorificado no Filho. Se me pedirdes alguma cousa em meu nome, eu o farei", Kenneth Hagin afirma:A palavra "pedir" também significa "exigir". "E tudo quanto exigirdes em Meu nome, isso [Eu, Jesus] farei". Um exemplo disto é registrado no terceiro capítulo de Atos, quando Pedro e João estavam à Porta Formosa.

Já demonstramos que Pedro sabia que tinha algo para dar quando disse ao aleijado: "Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou". Então Pedro disse: "Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda!" Pediu, ou exigiu, que o homem se levantasse em nome de Jesus.¹

No Novo Testamento grego, o verbo "pedir", que aparece em João 14:13, 14 é aiteo. De acordo com W. E. Vine, aiteo sugere a atitude de um suplicante, uma petição de alguém que está em posição menor que a daquele a quem é feita a petição, como em Mateus 7:11 (uma criança pedindo a seu pai) e Atos 12:20 (vassalos fazendo um pedido ao rei). Este verbo aparece muitas vezes nas epístolas, como em Efésios 3:20; Colossenses 1:9, Tiago 1:5, 6; 1 João 5:14, 15. Em todas estas passagens seria impossível substituir o verbo "pedir" por "exigir".
Outro verbo usado no grego para pedir é erotao. Vine diz que o seu uso sugere que o suplicante está no mesmo pé de igualdade ou familiaridade com a pessoa a quem é feito o pedido. E usado, por exemplo, para um rei fazendo um pedido a um outro rei (Lucas 14:32). Vine continua:
...É significativo que o Senhor Jesus nunca usou aiteo no sentido de fazer um pedido ao Pai. "A consciência de sua igual dignidade, de sua intercessão potente e vitoriosa, é demonstrada nisto, que sempre que Ele pede, ou declara que Ele pedirá qualquer coisa ao Pai, sempre usa erotao, isto é, um pedido em termos de igualdade, João 14:16; 16:26; 17:9, 15, 20; e nunca aiteo".²
Em Atos 3 (citado por Hagin, acima), o paralítico era colocado diariamente à porta do templo, chamada Formosa, para pedir esmola. Novamente, o verbo "pedir" desta passagem no grego do Novo Testamento é aiteo (v. 2). Estaria então o paralítico exigindo uma esmola das pessoas? Ora, esmola não se exige, pede-se, e com muita humildade.



Em seu livro, O Direito de Desfrutar Saúde, R. R. Soares declara:
Usar a frase "se for a Tua vontade" em oração pode parecer espiritual, e demonstrar atitude piedosa de quem é submisso à vontade do Senhor, mas além de não adiantar nada, destrói a própria oração.³



Qualquer pessoa que examinar com cuidado os Evangelhos, perceberá que a tônica da vida e do ministério do Senhor Jesus era fazer a vontade do Pai. Examine, por exemplo, João 4:34; 5:30; 6:38; 7:17. Quando ensinou seus discípulos a orar, Jesus incluiu na oração: "Faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu". Será que Jesus estava errado?
A conclusão óbvia é que não. Não tenho qualquer problema em dizer, ao orar: "se for a tua vontade", pois isto me coloca em boa companhia. Jesus orou assim no Getsêmani: "Aba, Pai, tudo te é possível; passa de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, e, sim, o que tu queres" (Marcos 14:36). E novamente: "Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a tua vontade" (Mateus 26:42). João escreveu ainda: "se pedirmos alguma cousa segundo a sua vontade, ele nos ouve" (1 João 5:14).





Notas:1. Kenneth E. Hagin, O Nome de Jesus. Rio de Janeiro: Graça Editorial, 1988, p. 70.2. W. E. Vine, An Expository Dictionary of Biblical Words. Nashville, Tennessee, EUA: Thomas Nelson, 1984, segunda parte, p. 71.3. R. R. Soares, O Direito de Desfrutar Saúde. Rio de Janeiro: Graça Editorial, p. 11.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

ADÃO E EVA - CÉLULAS TRONCO!


Gênesis 2: 21-23
“21 Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe então, uma das costelas , e fechou a carne em seu lugar; 22 e da costela que o Senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem. 23 Então disse o homem: Esta é agora osso (substância) dos meus ossos , e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.”
O que são células tronco ou stem-cells?
Fascina os biólogos, desde a fundação da teoria celular, em 1839, pelo fisiologista alemão Theodor Schwann, a capacidade da vida de gerar um organismo adulto completo a partir de apenas uma célula. A pergunta formulada por Hans Spemann (1869-1941), em 1938, abriu o caminho e criou a obrigação de respostas consistentemente adequadas à qualidade da indagação científica: "o núcleo de uma célula totalmente diferenciada seria capaz de gerar um indivíduo adulto normal, se transplantado para um óvulo enucleado?". 

No mundo inteiro estão espalhando os experimentos científicos com ovelhas, camundongos, bezerros, inclusive no Brasil, mostraram, a partir de 1996, ano da clonagem de Dolly, na Escócia, que a pergunta que reberberava no nosso tempo, era absolutamente correta, mas, também, que a resposta era boa e que o enigma da vida encontrava uma nova e instigante formulação. 

Atualmente, as pesquisas com células-tronco adultas e embrionárias, além das questões controversas que abrem se abrem, do ponto de vista ético e do ponto de vista jurídico-legal, contribuindo enormemente para a efabulação intrincada das ficções sociais do mundo em que vivemos, trazem para esse mesmo mundo a esperança de promessas de novas terapias médicas num mundo tão corrompido e degenerado neste campo de doenças, epidemias, endemias acentuadas, e vão tornando cada vez mais realidade programas de manipulação genética e de bioengenharia, em busca das possíveis curas medicinais. 

As células-tronco estão presentes desde a vida embrionária até a vida adulta, e provavelmente até nossa morte. São elas as responsáveis pela formação do embrião e também pela manutenção dos tecidos na vida adulta. No início da vida embrionária, as células-tronco são virtualmente totipotentes, ou seja, apresentam capacidade de gerar quaisquer tecidos do organismo. Contudo, após a formação do embrião propriamente dito, diversos tecidos mantêm células-tronco que participam da fisiologia normal (e da patologia também) na vida adulta.
Conceitualmente, as células-tronco apresentam duas características fundamentais: 1) auto-renovação ilimitada, por exemplo, a capacidade de multiplicar-se gerando células iguais à célula-original durante toda a vida, e; 2) pluripotência, como, por exemplo, a capacidade de gerar diferentes tipos celulares. 

Apesar de existirem em baixa freqüência, seus números são suficientes para manter os tecidos que necessitam de renovação constante. Em alguns sistemas onde são bem caracterizadas, sua freqüência é estimada em 1 para cada 100.000 células totais daquele tecido. As células-tronco, à medida que se dividem, geram progenitores comprometidos, com uma capacidade de proliferação ainda mais limitada e um restrito potencial de diferenciação devido ao comprometimento com uma linhagem celular única. A partir deste ponto, esta célula já comprometida chamada precursor, já possui morfologia definida e seu potencial proliferativo é limitado ou mesmo nulo. 

Esta é agora osso (substância) dos meus ossos ,
e carne da minha carne 

Quando jovem na minha primeira aula de Biologia lembro-me do meu professor dizendo o quanto era um absurdo alguém crer na possibilidade de um pedaço de osso formar um ser humano, isso ele estava se referindo quanto à passagem de Gênesis 2:21-23: 
“21 Então o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe então, uma das costelas , e fechou a carne em seu lugar; 22 e da costela que o Senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem. 23 Então disse o homem: Esta é agora osso (substância) dos meus ossos , e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada.”
no entanto eu também não deixava de rir quanto ao assunto.Os anos se passaram e pela infinita misericórdia de Deus Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo o Senhor me recebeu em seus braços. 

Hoje quando tenho a oportunidade de falar aos alunos começo sempre com uma pergunta: Vocês crêem na autenticidade arqueológica de manuscritos antigos? E eles respondem com um grande “Sim”! Então continuo: No momento qual é o assunto que a comunidade científica tem se maravilhado? Eles respondem: células-tronco!. 

Hoje os cientistas de várias partes do mundo vangloriam-se dessa recém descoberta. No entanto quando olhamos para a palavra de Deus, podemos encontrar algo maravilhoso no livro de Gênesis; quando o Senhor como criador do homem toma uma parte de Adão e com essa parte forma Eva, Adão usa uma expressão se relacionando com Eva dizendo que ela é “substancia” da sua “substância“, segundo o original em hebraico a palavra “osso” aparece como substância

Temos em nossas mãos algo de valor inestimável, o livro de Gênesis foi escrito há mais de 4.000 mil anos, mas atualmente muitos pesquisadores (cientistas) acreditam terem descoberto algo novo e de grande importância para a humanidade. Recorro-me em rendição às Sagradas Escrituras ao livro de Eclesiastes escrito aproximadamente 935 a.C., capítulo1:9-11 "O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer: nada há, pois , novo debaixo do sol. 10 Há alguma cousa de que se possa dizer: 
Vê isto é novo? já foi nos séculos que foram antes de nós. 11 Já não há lembrança das cousas que precederam; e das cousas posteriores também não haverá memória entre os que hão de vir depois delas."
Glórias ao Deus e Senhor de todo universo!. 

Todo este assunto de clonagem com a tentativa do homem gabar-se de ter o poder criador, revela o quanto somos infinitamente pequenos diante da grandeza do verdadeiro Criador Deus .
As células-tronco podem ser encontradas mais comumente em: 

a) vários tecidos humanos (sangue, medula e outros tecidos) mas em quantidade muito pequena;
b) no cordão umbilical e na placenta (em quantidades bem maiores);
c) em embriões nas fases iniciais da divisão celular, isto é, na fase de blastócito.

Possuem a capacidade de se multiplicarem, reparando e formando diversos tecidos do corpo, como os da própria pele, do cérebro, dos ossos, do coração e dos músculos, torna essa pesquisa um importante avanço da medicina no tratamento de doenças até hoje incuráveis, como câncer (a leucemia inclusive), lesões na coluna (problemas de paralisia), danos cerebrais (traumas e doenças como os males de Alzheimer e de Parkinson), tratamentos para doenças neurodegenerativas, danos no coração entre outras. Com a “recém ” descoberta das células tronco sabe-se que através da medula óssea ou utilizando-se de um termo não técnico “tutano” material encontrado dentro do osso. 

Então quando lemos em Gênesis,Adão falando que Eva é osso dos meus ossos, creio que não preciso ir muito além, seria como uma resposta à comunidade cientifica que o assunto de células tronco não e algo novo. Não pretendo de forma alguma com esse assunto ferir e com muito temor ser irreverente a santa palavra de Deus. Também com respeito à ciência não negligenciar os benefícios desde que sejam governados pela autoridade da Palavra de Deus. 

Calem-se todos aqueles que ostentam uma descoberta como sendo recente, mas que, no entanto já encontramos fatos suficientes em um documento escrito a mais de 4.000 mil anos. Deus esta acima de tudo. Quando o Senhor Jesus andou sobre as águas foi-se a lei da Física humana sobre a gravidade, quando Ele transformou água em vinho foi-se a Química humana, quando multiplica com apenas um pouco de peixe e pão e alimenta mais de 5.000 pessoas foi-se a matemática humana, quando ressuscita um homem já em estado de putrefação foi-se a Biologia humana ,e muito mais , foi-se a sabedoria humana..
Posso confessar com os meus lábios através dessas poucas palavras: O Senhor Deus é sobre tudo e me rendo diante de Sua majestade.
“Quem é como o sábio? E quem sabe a interpretações das coisas? A sabedoria do homem faz brilhar o seu rosto, e com ela à dureza do seu rosto se transforma.” Eclesiastes 8:1


Vosso irmão em Cristo,
Celso Machado.

Fonte: osirmaosnacidaderj.com.br

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